De acordo com a autópsia divulgada nesta sexta-feira (27), a alpinista brasileira Juliana Marins, que faleceu após uma queda em um vulcão na Indonésia, morreu em decorrência de um trauma contundente, que causou danos aos órgãos internos e provocou hemorragia.
O médico legista informou que a morte ocorreu pouco tempo após o trauma, estimando que Juliana não tenha sobrevivido por mais de 20 minutos após a lesão. O ferimento mais grave foi registrado na região da coluna, com lesões que comprometeram órgãos internos diretamente ligados à respiração.
Os médicos descartaram a hipótese de hipotermia, alegando a ausência de sinais característicos no exame.
A família de Juliana Marins criticou publicamente o médico legista Ida Bagus Alit, alegando que não foi informada previamente sobre os detalhes da autópsia da jovem, os quais souberam apenas por meio da imprensa.
“Tudo o que eu sei, vi pela mídia. Em momento algum houve compaixão ou respeito suficiente para nos reunir e informar primeiro. Ficamos sabendo depois porque o legista quis seus 15 minutos de fama, mais um absurdo no meio de toda essa história”, disse Mariana em entrevista ao jornal O Globo.
A família também questionou as inconsistências nas intormações sobre o momento da morte de Juliana. Segundo eles, o médico legista declarou não haver evidências de que a jovem tenha sofrido por mais de 20 minutos após o acidente e estimou que o óbito ocorreu entre 12 e 24 horas antes das 22h05, sem esclarecer a que dia essa estimativa se refere.
“Temos relatos de turistas, registros, vídeos… muita coisa que comprova que a Juliana ficou viva por muito mais tempo.O ferimento fatal pode ter acontecido na última queda, já perto do resgate. Agora, se ele confirmar que foi entre 12 e 24 horas antes do resgate, isso muda tudo, diz muita coisa”, disse a família ao jornal O Globo.

