Leticia Emanuele
O corpo da professora de História Soraya Tatiana Bomfim França, de 56 anos, foi sepultado na manhã desta terça-feira (22) no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, em Belo Horizonte. O velório foi realizado na tarde de segunda-feira (21), no Cerimonial Santa Casa, no bairro Santa Efigênia, onde familiares, amigos, colegas de trabalho e alunos prestaram as últimas homenagens.
Soraya, conhecida carinhosamente como “Tia Tati”, lecionava há cerca de oito anos no Colégio Santa Marcelina, na região da Pampulha, e vivia em Minas Gerais há quase 40 anos. A escola em que trabalhava lamentou a perda e manifestou solidariedade à família, aos alunos e aos colegas da educadora.
O corpo da professora foi encontrado na manhã de domingo (20) embaixo de um viaduto na avenida Adélia Issa, no bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana de BH. Ela estava parcialmente coberta por um lençol, vestindo somente a parte superior de uma blusa cinza. A perícia identificou queimaduras na parte interna das coxas e sinais de sangramento íntimo, indicando suspeita de violência sexual.
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Soraya estava desaparecida desde sexta-feira (18). O filho dela tentou contato no sábado, mas, sem resposta, entrou em sua residência com o auxílio de um chaveiro. A casa não apresentava sinais de arrombamento, o automóvel permanecia na garagem, mas o celular, os óculos e as chaves da professora não foram encontrados.
A identificação foi confirmada após exames no Instituto Médico-Legal e o reconhecimento feito pelo filho. A Polícia Civil trata o caso como homicídio, com indícios de feminicídio e violência sexual. Os laudos periciais devem contribuir para esclarecer a causa e as circunstâncias do crime, que segue sem suspeitos identificados até o momento.
Durante o velório, amigos e colegas lamentaram a morte de Soraya, destacando a indignação e o sentimento de injustiça. Na escola onde lecionava, faixas foram colocadas em sua homenagem com pedidos de justiça e declarações de carinho e saudade.
