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China avança com megaprojeto hidrelétrico no Tibete, apesar de críticas

As autoridades chinesas estão intensificando seus planos para aproveitar o potencial energético de uma região remota do Tibete, onde o rio Yarlung Tsangpo atravessa o cânion mais profundo e extenso da Terra, fazendo uma curva em “U” ao redor da montanha Namcha Barwa, área conhecida como “a Grande Curva”. A queda acentuada do rio nessa área favorece a geração de energia hidrelétrica.

Segundo a agência estatal Xinhua, engenheiros vão escavar túneis de cerca de 20 km na montanha para desviar parte do curso do rio e instalar cinco usinas hidrelétricas em sequência. A energia gerada será enviada principalmente para outras regiões da China, embora parte dela também atenda ao Tibete.

Esse projeto faz parte da estratégia nacional “xidiandongsong”, promovida pelo presidente Xi Jinping, que busca transferir eletricidade do oeste rural do país para os centros urbanos do leste.

Pequim apresenta as hidrelétricas como uma alternativa limpa e eficiente para gerar energia, com benefícios sociais e econômicos para comunidades locais. No entanto, organizações de direitos humanos denunciam que as obras refletem a contínua exploração dos tibetanos, com histórico de repressão a protestos, como ocorreu em 2024, quando manifestantes contrários a uma barragem foram presos e agredidos.

Ambientalistas também alertam sobre os impactos ecológicos, como a destruição de vales ricos em biodiversidade e os riscos de construir grandes represas em uma área propensa a terremotos.

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