O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, afirmou que o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, voltou a demonstrar o interesse do governo americano nos minerais críticos e estratégicos (MCEs) brasileiros, insumos essenciais para tecnologias avançadas e a transição energética.
Durante reunião com representantes do setor privado, Escobar reforçou o posicionamento já expresso anteriormente. O Ibram, no entanto, esclareceu que as negociações cabem ao governo brasileiro e que o setor privado local estaria disposto a dialogar com empresas dos EUA.
A conversa ocorre em meio à tensão diplomática entre os dois países, após a decisão do ex-presidente Donald Trump de aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto.
O Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de minerais estratégicos, como lítio, nióbio, grafite, urânio e terras raras, fundamentais para carros elétricos, energia limpa, eletrônicos e defesa. Apesar do potencial, o país ainda precisa avançar em agregação de valor, refino e desenvolvimento industrial local para se firmar nesse setor global altamente competitivo.