LUCA SILVEIRA
Seguindo a linha adotada recentemente pelos Estados Unidos, o governo da Nova Zelândia decidiu revogar suas diretrizes voltadas à inclusão de atletas transgênero em competições esportivas.
O ministro das Relações Exteriores, Winston Peters, afirmou que “homens biológicos não têm lugar no esporte feminino”, classificando as normas anteriores como “woke” e defendendo que a mudança visa proteger a integridade e segurança de mulheres e meninas nos esportes.
As diretrizes, criadas em 2022 pela agência pública Sport NZ, promoviam a inclusão de pessoas trans, sugerindo, entre outros pontos, uso de linguagem neutra e criação de espaços privativos em vestiários.
A diretora da Sport NZ, Raelene Castle, confirmou que o governo ordenou a retirada completa do material e o fim de qualquer trabalho relacionado ao tema. Agora, cada organização esportiva decidirá, por conta própria, como lidar com a participação de atletas trans.
A Associação Profissional para a Saúde das Pessoas Transgênero de Aotearoa lamentou a decisão e afirmou que ela pode tornar o ambiente esportivo ainda mais hostil e excludente para pessoas trans e não binárias.
