O presidente Lula (PT) tem se recusado a avançar em conversas com os Estados Unidos sobre um possível acordo envolvendo metais raros, como nióbio e lítio, mesmo diante da ameaça de tarifas de 50% que podem ser impostas por Donald Trump a partir de agosto.
A proposta, discutida informalmente entre representantes americanos e o setor privado brasileiro, não teve abertura por parte do governo federal. Lula insiste que apenas o Planalto pode tratar do tema, afastando empresários e mineradoras das negociações — apesar do impacto direto sobre a economia.
Durante o governo Biden, chegou-se a debater uma parceria estratégica sobre minerais críticos, mas a mudança na Casa Branca teria travado as conversas. Com Trump assumindo o controle da agenda comercial, o Planalto agora adota postura defensiva, em vez de buscar oportunidades de cooperação.
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Lula descarta qualquer acordo sem que haja investimentos americanos na industrialização local, mas a recusa em dialogar diretamente com Trump vem sendo vista como mais uma escolha ideológica que pode prejudicar o Brasil.
O setor produtivo já calcula perdas de ao menos 110 mil empregos caso o tarifaço seja implementado. A taxa de desemprego, que havia recuado para 6,6%, pode voltar a subir. Ainda assim, o governo prefere esperar, em vez de proteger a indústria nacional com ações concretas.
Enquanto isso, até o ex-presidente Jair Bolsonaro — que sempre defendeu o aproveitamento estratégico do nióbio — seria mais pragmático: só abriria mão dos minérios em troca de contrapartidas reais. Já Lula, mesmo diante da crise iminente, segue priorizando alinhamentos políticos em vez do interesse econômico nacional.

