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Senadores tentam negociar com EUA em meio a resistência da Casa Branca e tensão diplomática

Uma comitiva de senadores brasileiros embarca nesta sexta-feira (25) rumo aos Estados Unidos para tentar abrir diálogo sobre o possível aumento de tarifas que o ex-presidente Donald Trump pode impor ao Brasil a partir de 1º de agosto. A missão ocorre mesmo sem respaldo claro do governo americano, e em meio à resistência de setores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diplomatas brasileiros veem a iniciativa com desconfiança, e figuras como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo estariam atuando para barrar reuniões da comitiva com representantes da gestão Trump. Segundo aliados, a intenção seria evitar que o grupo use a viagem para gerar narrativa política ou distorcer o cenário real das negociações.

Relatos de bastidores indicam que Trump tem centralizado as decisões comerciais e, por ora, não há sinal verde da Casa Branca para retomar conversas com o governo Lula. O vice-presidente Geraldo Alckmin admitiu contatos com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mas evitou dar detalhes.

Mesmo diante do impasse, o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirma que a ida aos EUA é necessária para entender os reais motivos da tensão comercial — que, segundo ele, podem envolver fatores políticos, como a relação do governo Lula com regimes como Irã e membros dos BRICS.

A agenda da comissão inclui encontros com empresários da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e parlamentares americanos no Capitólio. No entanto, o ambiente é considerado hostil por aliados do ex-presidente Trump, que veem a movimentação como tentativa de vitimização do governo Lula diante de uma possível retaliação econômica americana.

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