Ondas de tsunami atingiram o norte do Japão na manhã desta quarta-feira (30), no horário local, após um forte terremoto de magnitude 8,7 ser registrado na região leste da Rússia. De acordo com autoridades japonesas, ondas com cerca de 30 centímetros foram detectadas na ilha de Hokkaido, enquanto há previsão de formações muito mais intensas nas próximas horas.
A emissora pública NHK alertou para a possibilidade de ondas superiores, e a Agência Meteorológica do Japão prevê elevações do mar de até três metros ao longo da costa norte e leste do país, alcançando inclusive áreas ao sul, como Wakayama, próxima a Osaka.
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Como medida preventiva, a usina nuclear de Fukushima — localizada no nordeste do arquipélago e desativada desde 2011 — foi evacuada. “Todos os funcionários e trabalhadores foram retirados do local”, declarou uma porta-voz da Tokyo Electric Power Company (TEPCO), responsável pela planta. Segundo ela, até o momento não há registros de irregularidades nas instalações.
O temor de um novo incidente nuclear remete ao desastre de 2011, quando um terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami provocou a falha nos sistemas de resfriamento de três dos seis reatores da usina, resultando na fusão do núcleo e em explosões causadas pelo acúmulo de hidrogênio.
Na ocasião, mais de 164 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas na região, e ao menos 51 mortes foram oficialmente contabilizadas. O evento foi classificado com o nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES) — o mais elevado da escala —, o mesmo atribuído ao desastre de Chernobyl, ocorrido em 1986 na então União Soviética.

