Em discurso de abertura do semestre no STF nesta sexta-feira (1º), o ministro Luís Roberto Barroso saiu em defesa das instituições e, especialmente, do colega Alexandre de Moraes, recentemente sancionado pelo governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. A medida gerou reações do governo brasileiro e de figuras do Judiciário.
Barroso exaltou o papel do Supremo na contenção de supostas ameaças democráticas, citando a atuação de Moraes como firme e legalista nos processos ligados aos atos de 8 de janeiro de 2023 e outros episódios que envolveram críticas ao sistema eleitoral. O presidente do STF ressaltou que as denúncias da PGR contra os acusados de articulações golpistas são embasadas em provas, como vídeos e áudios.
O ministro também enfatizou que o Judiciário brasileiro atua com independência e sem interferências externas, numa referência indireta às sanções dos EUA, classificadas pelo Planalto e pelo próprio STF como uma afronta à soberania nacional.
Apesar da narrativa oficial do STF sobre “risco à democracia”, setores mais críticos veem exagero na condução dos processos e nas medidas adotadas por Moraes. Ainda assim, o governo Lula tem reforçado seu apoio ao ministro e articula estratégias políticas e diplomáticas para responder à decisão norte-americana.

