As manifestações massivas que sacudiram o Brasil neste domingo (3) provocaram reações até mesmo dentro da esquerda. Em conversas reservadas com o Palácio do Planalto e lideranças de partidos como PT, PSOL e Rede, integrantes do campo progressista reconheceram que a mobilização foi “expressiva” e “muito além do previsto”.
Com capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Vitória, Goiânia e Salvador completamente tomadas por manifestantes, imagens aéreas e transmissões ao vivo deixaram claro o tamanho da insatisfação popular com o governo Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A pauta central dos atos incluiu o impeachment de Lula e Moraes, a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro, o resgate das liberdades civis e o fim da perseguição contra conservadores. A presença popular surpreendeu até mesmo os mais céticos, levando aliados do governo a discutir internamente a necessidade de rever estratégias diante do crescimento da oposição nas ruas.
Interlocutores da base governista já reconhecem que ignorar ou minimizar o clamor das ruas seria um erro grave. A força das manifestações deve gerar efeitos concretos no Congresso, onde parlamentares de oposição voltaram a exigir resposta às demandas do povo, especialmente em relação ao ativismo judicial e às prisões políticas.
A direita comemora o momento como uma virada simbólica e política, com potencial de reequilibrar o cenário institucional do país e colocar um freio nas arbitrariedades do Supremo e do Executivo.

