LUCA SILVEIRA
Neste domingo (3), avenidas e praças de mais de 100 cidades brasileiras foram tomadas por multidões em manifestações em defesa da liberdade e contra arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal, especialmente do ministro Alexandre de Moraes. Os atos ocorreram em capitais como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, além de municípios do interior, e foram convocados por lideranças conservadoras em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está sob restrições injustificáveis impostas pelo STF.
Mesmo impossibilitado de comparecer fisicamente e censurado nas redes sociais, Bolsonaro participou simbolicamente por telefone, em ligação transmitida ao vivo durante os atos. Em São Paulo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) liderou o evento e exaltou o ex-presidente: “Mesmo preso em casa, ele está vendo isso aqui. Essa é a sua força, a sua voz”. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também discursou e se surpreendeu com a adesão: “Jamais esperei que hoje tivéssemos tanta gente”.
Cidades do interior, como Araçatuba (SP), também registraram forte participação popular, com destaque para a liderança do vereador João Pedro Pugina (PL-SP).
Em Brasília, os deputados Bia Kicis e Thiago Manzoni, ambos do PL, destacaram que o povo nas ruas representa a resistência contra a perseguição a conservadores. Kicis afirmou que os manifestantes são a “voz do presidente Bolsonaro” e de patriotas que estão sendo injustamente perseguidos, como Daniel Silveira e Carla Zambelli.
No Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) esteve presente ao lado de um boneco em tamanho real do pai e reforçou o compromisso com a liberdade: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”, disse Bolsonaro por telefone.
A oposição vê o movimento como um passo crucial na retomada da democracia e da justiça, pressionando o Congresso para pautar o projeto de anistia aos presos políticos do 8 de janeiro e o impeachment de Alexandre de Moraes. Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), foi “um dia histórico em defesa da liberdade e contra perseguições políticas”.
