A Azul Linhas Aéreas anunciou que deixará de operar em 13 cidades e encerrará 53 rotas de baixa rentabilidade, com margem 17% inferior à média da companhia. As mudanças fazem parte do plano de reestruturação sob o Chapter 11, iniciado em maio nos Estados Unidos, com previsão de conclusão entre o fim de 2025 e o início de 2026.
Sem revelar quais destinos serão afetados, a empresa informou que vai concentrar operações nos hubs de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife. A malha aérea será mais enxuta, com menos destinos por cidade, ajustes sazonais, como a suspensão da rota para Paris no inverno e aumento de voos para Orlando, e redução de decolagens diárias de 931 para 836, queda de 10%.
A frota deve diminuir em mais de 35%, acompanhada de simplificação operacional e retirada de mercados menos rentáveis. A estratégia prevê tarifas médias mais altas e maior receita por passageiro, incluindo cobranças extras por bagagens e marcação de assentos. O serviço de bordo também mudará, substituindo refeições por caixas de café da manhã e lanches.
Atualmente, a taxa de ocupação é de 80% a 82%, e a meta é alcançar 83%. O plano de recuperação prevê US$ 1,6 bilhão em financiamento e até US$ 950 milhões em novos aportes, visando eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas. Latam e Gol já passaram por processo semelhante nos EUA.