A repercussão de um vídeo publicado pelo humorista e youtuber Felca reacendeu o debate sobre a proteção de crianças no ambiente digital. A gravação, divulgada em 6 de agosto, denuncia casos de exploração de menores em produções para redes sociais e já ultrapassa 15 milhões de visualizações.
Entre os nomes citados está o influenciador Hytalo Santos, que possui mais de 20 milhões de seguidores e é investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde 2024. Ele é acusado de utilizar menores em conteúdos com apelo sensual. Após nova polêmica, sua conta no Instagram foi desativada em 8 de agosto. O vídeo também menciona a jovem de 17 anos Kamylla Santos, apontada como vítima desse tipo de abordagem.
Diante da mobilização online, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que irá incluir na pauta desta semana projetos que tratam especificamente da adultização infantil na internet. Segundo ele, diversas propostas sobre o tema já estão em tramitação e serão analisadas com prioridade.
No Senado, a ex-ministra dos Direitos Humanos Cristiane Britto informou que apresentará a chamada “Lei Felca”. A proposta prevê criminalização mais severa e aumento de penas para quem produzir, divulgar ou lucrar com conteúdo que erotize crianças e adolescentes. O texto deve ser apresentado pela bancada do Republicanos.
Especialistas em proteção à infância defendem que medidas legais mais rigorosas são essenciais para reduzir a exposição de menores a práticas nocivas no ambiente virtual e garantir um espaço online mais seguro.