O Senado Federal confirmou, nesta quarta-feira (13), apenas sete dos 30 nomes enviados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar cargos estratégicos em tribunais, conselhos e órgãos reguladores, posições que, na prática, influenciam diretamente decisões judiciais, administrativas e regulatórias no país.
As sabatinas ocorreram pela manhã, mas a análise integral da lista não foi concluída. A sessão acabou encerrada por falta de quórum, o que obrigou o adiamento da votação dos demais indicados. Críticos apontam que as nomeações fazem parte de um amplo movimento de ocupação de cargos por aliados ou perfis alinhados ao atual governo.
Foram aprovados:
Verônica Abdalla Sterman (advogada) — Superior Tribunal Militar (STM) — 51 votos a favor e 16 contrários.
Carlos Augusto Pires Brandão (juiz do TRF-1) — Superior Tribunal de Justiça (STJ) — 63 votos favoráveis, 1 contrário e 1 abstenção.
Maria Marluce Caldas Bezerra (procuradora de Alagoas) — STJ — aprovada por unanimidade.
Fabiana Costa Oliveira Barreto (promotora do DF) — Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) — 57 votos a favor e 3 contrários.
Ivana Lúcia Franco Cei (procuradora do Amapá) — CNMP — 55 votos favoráveis, 2 contrários e 1 abstenção.
Greice Fonseca Stocker (advogada) — Ministério Público — 49 votos a favor e 4 contrários.
Patrícia Barcellos — Agência Nacional do Cinema (Ancine) — 49 votos a favor e 4 contrários.
As indicações restantes, que incluem outros cargos de peso, devem ser analisadas em nova sessão. Nos bastidores, senadores oposicionistas alertam para o risco de “aparelhamento institucional” e reforçam que a ocupação de tantos postos-chave pelo governo pode comprometer a independência de órgãos estratégicos.

