Policiais militares envolvidos na agressão a um paciente com deficiência em Santana do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, foram afastados preventivamente de suas funções. A informação foi confirmada pela Polícia Militar (PMRN) nesta segunda-feira (18).
O caso ocorreu no último sábado (16) e ganhou ampla repercussão após imagens circularem nas redes sociais. O paciente, identificado como Zé Paulo, sofreu agressões de um policial num hospital, enquanto estava em surto. A mãe idosa da vítima presenciou toda a cena.
Em nota oficial, a PM informou que instaurou procedimento apuratório e reforçou seu compromisso com “a legalidade, a ética e o respeito aos direitos fundamentais”, repudiando qualquer desvio de conduta de seus agentes.
O comandante da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar, Major Mycael, afirmou que a guarnição foi acionada após o paciente se exaltar, quebrando uma cadeira dentro da unidade. Segundo ele, diante da situação, funcionários do hospital se trancaram em um quarto até a chegada da equipe. Após tentativas de diálogo, os policiais deram voz de prisão a Zé Paulo e o conduziram à Delegacia de Plantão.
A vereadora de Natal, Thabatta Pimenta (PSOL), denunciou o caso nas redes sociais e destacou que a conduta pode se enquadrar na Lei de Abuso de Autoridade (Lei n.º 13.869/2019), que proíbe violência física ou moral por parte de agentes públicos fora dos limites legais.
A governadora Fátima Bezerra (PT) também se manifestou, classificando a agressão como “inadmissível”. Ela afirmou ter solicitado ao secretário de Segurança, Coronel Araújo, e ao comandante-geral da PM, Coronel Alarico, providências imediatas. O governo confirmou que os policiais envolvidos já foram afastados das atividades operacionais enquanto seguem as investigações.

