O regime de Nicolás Maduro voltou a adotar um tom de confronto nesta terça-feira (19), após a chegada de navios de guerra norte-americanos ao Caribe. Em rede nacional, o ditador anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, numa tentativa de exibir força diante da pressão internacional.
“Que o mundo saiba, que os impérios saibam: a Venezuela hoje tem o que é preciso. É por isso que estamos em paz e continuaremos em paz”, afirmou Maduro em discurso televisionado, recorrendo a metáforas bíblicas ao dizer que o país enfrenta a disputa como “Davi contra Golias”.
A movimentação ocorre após os Estados Unidos deslocarem três embarcações militares, com aproximadamente 4 mil soldados, para reforçar a segurança da região. Segundo a Casa Branca, o objetivo da operação é conter o narcotráfico e garantir que “os responsáveis sejam levados à justiça”.
Ao contrário da retórica chavista, o governo norte-americano deixou claro que está pronto para usar “todos os recursos necessários” na proteção de seus interesses e na luta contra o crime organizado, que há anos tem na Venezuela um de seus principais corredores de atuação.

