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Paraguai deve classificar Cartel de los Soles, ligado a Maduro, como organização terrorista

O Paraguai está prestes a dar um passo histórico contra o crime organizado: o governo do presidente Santiago Peña deve assinar, nos próximos dias, a resolução que classifica o Cartel de los Soles, ligado diretamente ao regime de Nicolás Maduro, como uma organização terrorista. A medida já foi aprovada pelo Senado paraguaio e agora depende apenas da chancela do Executivo, segundo revelou o jornal argentino Infobae.

A decisão segue a mesma linha adotada pelo presidente equatoriano Daniel Noboa, que em 14 de agosto declarou estado de “conflito armado interno” e passou a tratar o cartel como facção narcoterrorista. A expectativa é de que outros países latino-americanos também reconheçam oficialmente a ligação da ditadura venezuelana com o crime transnacional.

Formado por militares chavistas, o Cartel de los Soles é apontado como peça-chave no fornecimento de rotas de tráfico e apoio logístico a organizações como o Cartel de Sinaloa, no México, e o Tren de Aragua, na própria Venezuela. Além do narcotráfico, o grupo atua em contrabando de armas e lavagem de dinheiro.

A ofensiva internacional contra Maduro se intensificou nos últimos meses. Em 25 de julho, o Departamento do Tesouro dos EUA classificou o cartel como “Rede Terrorista Global Especialmente Designada”. Poucos dias depois, em 7 de agosto, Washington elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, valor superior ao já oferecido por Osama bin Laden.

Isolado diplomaticamente, Maduro reforçou a dependência dos militares, entregando cargos e privilégios em troca de lealdade. Investigações apontam ainda ligações antigas do cartel com as FARC, fornecendo armas e apoio a operações de narcotráfico.

Documentos da Justiça norte-americana revelam que o grupo chegou a colaborar com Joaquín “El Chapo” Guzmán, ex-líder do Cartel de Sinaloa, atualmente preso em segurança máxima nos EUA. Durante o julgamento do narcotraficante, surgiram provas de que pistas aéreas na Venezuela foram usadas para escoar toneladas de cocaína com apoio direto do cartel chavista.

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