O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que a Casa adote uma postura mais dura em relação ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado pela Polícia Federal. A suspeita seria de que o parlamentar tentou influenciar um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os eventos de 8 de janeiro.
Lula chegou a acusar Eduardo de “traição ao país” e defendeu a cassação de seu mandato, alegando que o deputado estaria incentivando a opinião pública americana contra o Brasil. Apesar disso, especialistas lembram que a legislação não permite a perda de mandato por ausência antes de 2025, ainda que Eduardo tenha se afastado das atividades legislativas desde março.
Hugo Motta já enviou denúncias ao Conselho de Ética, mas pondera que uma medida mais radical, como a cassação, pode gerar ainda mais atrito com a oposição e dificultar o diálogo político no Congresso.
Em resposta, Eduardo Bolsonaro negou qualquer tipo de interferência em processos judiciais e criticou o vazamento de conversas privadas com seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o episódio faz parte de uma campanha para desgastar sua imagem e a de sua família, reforçando o clima de perseguição política contra opositores do atual governo.

