O mineiro Ryan Gandra, de 30 anos, escreveu um novo capítulo em sua carreira no MMA na noite desta terça-feira (26), em Las Vegas (EUA). O lutador natural de Betim venceu o norte-americano Trent Miller por nocaute técnico ainda no primeiro round, durante o Dana White’s Contender Series (DWCS), e garantiu contrato com o UFC, maior organização de artes marciais mistas do mundo.
Antes de brilhar nos octógonos, Ryan trabalhava fazendo manutenção de caminhões de lixo. Sua trajetória no esporte começou no judô, passou pelo jiu-jitsu e, posteriormente, desembocou no MMA. Profissional há três anos e meio, ele acumula agora sete vitórias seguidas e apenas uma derrota no cartel. Das vitórias, três vieram por nocaute e duas por finalização, com destaque para a agressividade: quatro rivais foram superados ainda no primeiro round. Ryan também ganhou experiência atuando como sparring de Paulo Borrachinha, lutador brasileiro já consolidado no UFC.
No DWCS, a performance foi arrasadora. Ryan precisou de menos de três minutos para impor seu ritmo e encerrar o combate contra Miller com uma sequência de socos que chamou atenção do presidente do UFC. Dana White, responsável pela escolha dos novos contratados, não poupou elogios ao brasileiro. Segundo ele, o estilo agressivo e a potência dos golpes de Gandra são diferenciais que podem render frutos dentro do Ultimate.
Atualmente, Ryan treina em Belo Horizonte, sob a orientação de seu mestre Johny, que o acompanha desde o início da jornada no MMA. Ele destaca que, apesar de o esporte ser individual no octógono, a base coletiva da equipe é fundamental para seu sucesso. “MMA é mais coletivo do que individual. Trago comigo toda a energia de Betim e da minha equipe”, afirmou o lutador logo após a vitória.
Com o contrato assinado, Ryan agora entra oficialmente para o seleto grupo de brasileiros no UFC. O feito consolida uma ascensão meteórica de quem iniciou no esporte há apenas quatro anos e já alcança o maior palco das artes marciais mistas.
Ao fim da entrevista, emocionado, Ryan resumiu sua conquista em uma frase que carrega sua origem e sua ambição:
“De Betim, para o mundo.”