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Trump acompanha julgamento no STF e avalia sanções contra o Brasil em defesa de Bolsonaro

Casa Branca monitora julgamento em tempo real e avalia sanções contra autoridades brasileiras caso STF condene Bolsonaro

As sessões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram a ser observadas de perto por Washington. Segundo fontes ligadas ao governo americano, Donald Trump determinou atenção total ao julgamento que pode afetar o destino político do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com esses interlocutores, a Casa Branca avalia aplicar novas sanções contra o Brasil em tempo real, conforme o andamento da votação. Entre as medidas em estudo estão a suspensão de vistos de ministros e autoridades, bloqueios financeiros e até a ampliação de tarifas já impostas às exportações brasileiras em agosto.

Trump já havia vinculado o processo no STF à questão comercial. Em comunicado anterior, classificou a ação contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e condicionou qualquer retomada de negociações entre os países ao encerramento do que considera perseguição política. Em declarações recentes, o republicano chamou Bolsonaro de “um homem honesto” e reafirmou sua intenção de pressionar o Brasil caso a condenação avance.

A movimentação também tem apoio de aliados próximos ao ex-presidente brasileiro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo confirmaram viagem a Washington justamente na semana do julgamento, com o objetivo de manter informadas as lideranças ligadas a Trump.

Jason Miller, ex-porta-voz do republicano e nome forte na campanha americana, também comentou o caso. Ele relembrou ter sido detido no aeroporto de Brasília em 2021 por ordem de Alexandre de Moraes e acusou o ministro de querer agora prender Bolsonaro por até 35 anos. Miller afirmou que Trump está disposto a usar toda a sua influência para frear o que chamou de “ações antidemocráticas” no Brasil.

No Itamaraty, diplomatas admitem que a crise pode evoluir para um impasse grave nas relações bilaterais. O julgamento no Supremo está previsto para ser concluído até 12 de setembro e pode determinar não apenas o futuro político de Bolsonaro, mas também o rumo da diplomacia brasileira com os Estados Unidos.

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Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

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