Durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a chamada “pacificação nacional” não pode ser alcançada por meio da impunidade ou da omissão. Para ele, ignorar crimes contra a democracia seria abrir espaço para novas ameaças institucionais.
Moraes sustentou que o caminho para a harmonia social deve passar pelo “respeito à Constituição, aplicação das leis e fortalecimento das instituições”. Segundo o ministro, confundir pacificação com apaziguamento seria um erro grave, que acabaria incentivando futuras tentativas de golpe.
Apesar do tom firme, setores da oposição enxergam as falas como mais um exemplo de seletividade do Supremo Tribunal Federal, lembrando que ministros têm adotado entendimentos diferentes ao julgar casos envolvendo a esquerda. Para críticos, a postura de Moraes reforça a percepção de que o STF age como ator político, mantendo Bolsonaro e aliados sob constante cerco judicial.