O governo venezuelano elevou o tom contra os Estados Unidos após o anúncio do envio de embarcações militares norte-americanas para o Caribe. Em pronunciamento nesta segunda-feira (1º), o presidente Nicolás Maduro afirmou que, caso a Venezuela seja alvo de uma ofensiva, transformará o país em uma “república em armas”.
Washington sustenta que a operação tem como foco o combate ao narcotráfico e não indica planos de desembarque em território venezuelano. Ainda assim, Caracas ordenou a movimentação de tropas para regiões costeiras e para a divisa com a Colômbia, além de convocar civis a se unirem às milícias locais.
Segundo Maduro, os Estados Unidos teriam deslocado para próximo da Venezuela oito navios de guerra, um submarino e armamentos capazes de disparar mais de mil mísseis. O presidente classificou a iniciativa como uma provocação “desmedida e criminosa”.
Diante do cenário, o governo venezuelano anunciou que o país está em “alerta máximo” de defesa. De acordo com dados oficiais, somando militares, reservistas e integrantes das forças populares, o efetivo de defesa nacional já alcança cerca de 8,2 milhões de pessoas.