O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (2) a destruição de uma embarcação venezuelana no Caribe, acusada de transportar drogas para o país, 11 pessoas morreram na ação, que teria como objetivo combater o tráfico internacional de entorpecentes.
O presidente Donald Trump informou em sua rede social Truth Social que o barco, ligado ao grupo criminoso Tren de Aragua, foi abatido em águas internacionais. “Onze terroristas morreram, sem feridos entre as forças americanas”, afirmou. Trump ainda acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de ter controle sobre a organização narcotraficante.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou o ataque no X (antigo Twitter), descrevendo-o como “letal” e destacando que a embarcação partiu da Venezuela e era operada por um grupo designado como narcoterrorista.
Analistas ouvidos pelo g1 questionam a escala militar empregada na operação. Carlos Gustavo Poggio, professor do Berea College, destaca que os equipamentos enviados ao Caribe não são típicos de ações de combate ao tráfico de drogas. Já Maurício Santoro, do IUPERJ, afirmou ao g1 que o movimento pode indicar uma preparação para uma possível intervenção militar norte-americana, comparando a situação à recente mobilização no Oriente Médio.
Nicolás Maduro respondeu que qualquer agressão externa será enfrentada com força armada. O presidente classificou a presença militar dos EUA na região como “a maior ameaça à América Latina do último século” e afirmou que a Venezuela não se curvará.