Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais em 2002, tentou retomar contato com o irmão Andreas, mas a iniciativa terminou de maneira tensa. O encontro ocorreu há cerca de três meses, na chácara em que ele vive isolado em São Roque, interior de São Paulo. Suzane chegou acompanhada do filho pequeno, na esperança de sensibilizá-lo e abrir espaço para um possível diálogo.
Segundo informações divulgadas pelo jornalista Luiz Bacci, a recepção foi hostil. Andreas rejeitou a conversa e deixou claro que não pretende restabelecer qualquer vínculo com a irmã. Diante da insistência, ele chegou a ameaçar chamar a polícia caso ela permanecesse no local.
O distanciamento entre os dois se arrasta desde o crime que chocou o país. Andreas tinha apenas 15 anos quando perdeu os pais, Manfred e Marísia, assassinados a mando da própria irmã. Desde então, vizinhos relatam que ele leva uma vida marcada pelo isolamento, evita contato social e só deixa a casa para compras de necessidade básica.
Moradores da região afirmam ainda que Andreas enfrenta problemas psicológicos graves, consequência da tragédia vivida na adolescência. “Ele existe fisicamente, mas parece que parte dele foi embora junto com os pais”, disse um vizinho.
A casa onde vive reforça a imagem de abandono. O terreno apresenta mato alto, a piscina permanece sem manutenção e há relatos de dívidas acumuladas de IPTU. Pessoas próximas contam que Andreas rejeita qualquer tentativa de aproximação, independentemente de quem seja.
Mais de duas décadas após o crime, a tentativa de Suzane de reaproximação revela que as feridas dentro da família Richthofen continuam abertas, sem perspectiva de reconciliação.