Uma menina de 10 anos foi vítima de abuso sexual por um ex-professor de Educação Física na cidade de São José, na Grande Florianópolis, na noite da última quarta-feira (10).
O crime ocorreu dentro do condomínio onde a criança mora e foi registrado por câmeras de segurança instaladas recentemente no local. O agressor, identificado como Dulcimar Antônio Grando, de 60 anos, conhecido na comunidade como “Pipoca”, era figura conhecida por participar de projetos sociais com crianças, vestir-se de Papai Noel em festas de fim de ano e dar aulas de judô.
Após o ataque, ele fugiu, mas foi localizado e preso pela polícia.
Segundo relato da mãe da vítima, o homem abordou a menina pedindo um beijo na boca, passou a acariciá-la e a levou para o banheiro do condomínio, onde permaneceram por cerca de um minuto e meio. A criança, assustada, contou que ele perguntava se ela “estava gostando” e dizia que “a amava”. Ela conseguiu interromper o abuso ao dizer que suas irmãs estavam chegando, o que fez com que o agressor parasse.
Após ouvir o relato da filha, o pai da menina confrontou Dulcimar, o que resultou em uma briga física. O acusado negou as acusações, alegando que a criança estaria inventando a história, e fugiu do local em direção ao Centro da cidade, sendo posteriormente capturado no bairro Jardim Atlântico.
Dulcimar passou por audiência de custódia na quinta-feira (11), que determinou a manutenção de sua prisão.
Ele está detido na Penitenciária de Florianópolis. A esposa e o filho do acusado, que também residiam no condomínio, deixaram o local após o ocorrido. A família da vítima está recebendo acompanhamento psicológico.
A mãe da menina afirmou que a filha teve a infância roubada e teme que outras crianças possam ter sido vítimas do mesmo agressor. “Ele levou metade da infância da minha filha. Dá para perceber quando uma criança foi abusada”, declarou em entrevista ao Cidade Alerta SC, da NDTV RECORD.
Este não é o primeiro episódio envolvendo Dulcimar. Em 2010, ele já havia sido denunciado por uma estudante do Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis, onde trabalhava como professor. Na ocasião, o boletim de ocorrência registrou que ele costumava chamar alunas de “gostosas” e agia de forma agressiva com adolescentes, além de ter sido acusado de assediar sexualmente amigas da vítima.
A Polícia Civil investiga o caso atual e busca esclarecer se há outras vítimas. Até o momento, a defesa do acusado não foi localizada pela reportagem.

