Suzana Perez Valerio, 47 anos, foi morta dentro de casa em Florianópolis, no início de setembro, após anos de agressões físicas, ameaças constantes e controle financeiro exercido pelo companheiro. O suspeito, de 30 anos, foi preso dez dias depois em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a cerca de 450 km do local do crime.
O relacionamento entre Suzana e o homem começou em maio de 2024, em Blumenau. Um mês antes, ele havia obtido liberdade provisória após incendiar a residência de outra mulher em Balneário Camboriú. Desde o início do namoro, Suzana teria sofrido agressões físicas, ameaças e humilhações, incluindo ter o cabelo raspado com uma faca.
Em setembro de 2024, o casal se mudou para a capital catarinense. Durante o trajeto, o suspeito amarrou Suzana, a agrediu fisicamente e a ameaçou continuamente. Ao chegarem em Jurerê, ele a obrigou a sair do carro, jogou o veículo da vítima em um rio e a fez percorrer cerca de 30 quilômetros até a rodoviária do Centro de Florianópolis, sob intensa coação, segundo a Polícia Civil.
Vizinhos do bairro Saco Grande relataram brigas frequentes e diversas chamadas à Polícia Militar. Na manhã de 1º de setembro, após mais uma discussão, o homem desferiu 63 golpes de faca contra Suzana, que morreu no local. Uma vizinha ouviu os gritos da vítima e acionou a polícia, mas os agentes chegaram quando ela já estava sem vida.
Após o crime, o suspeito fugiu para Porto Alegre usando um carro de aplicativo. Durante o trajeto, descartou os celulares dele e da vítima no município de Tubarão, no Sul de Santa Catarina. Em Porto Alegre, ele teria coagido outra ex-companheira, exigindo comida e apoio, antes de ser detido pela polícia.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina, que busca esclarecer todos os detalhes do crime e responsabilizar o suspeito.

