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Hugo Motta sinaliza votação de urgência para projeto de anistia aos réus do 8 de Janeiro

Projeto que concede perdão a condenados pelos atos de 8 de Janeiro pode ser votado em regime de urgência; governo articula para barrar proposta

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou a líderes partidários nesta segunda-feira (15) que pretende pautar o pedido de urgência para o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. A votação pode ocorrer já nesta terça-feira (16).

A aprovação da urgência permitiria que o mérito da proposta, que concede perdão penal a manifestantes presos ou condenados, seja apreciado diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões permanentes da Casa.

A decisão de Motta ocorre em meio a forte pressão política. A oposição cobra rapidez na tramitação da anistia, enquanto parte da base governista demonstra preocupação com o avanço do tema em ano pré-eleitoral. Nos bastidores, a sinalização de que o assunto entrará em pauta ainda nesta semana gerou reação imediata do Palácio do Planalto.

Reprodução via internet
Reprodução via internet

Pouco depois da reunião com líderes, aliados do governo iniciaram articulações para barrar o requerimento. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou que a proposta é “imoral e inconstitucional”. Segundo ela, “nem terminou o julgamento, e já há pressão para pautar esse tipo de proposta”.

A anistia é defendida por parlamentares da direita, partidos do Centrão e lideranças religiosas, jurídicas e civis que argumentam haver condenações sem crimes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), chegou a sugerir uma versão “light” da medida, que excluiria Jair Bolsonaro, mas a ideia foi rejeitada.

O Supremo Tribunal Federal já condenou dezenas de réus por tentativa de golpe e outros crimes ligados aos atos. Na última semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão e cumpre pena em regime domiciliar.

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