O União Brasil concluiu nesta semana o prazo estabelecido pela Executiva Nacional para que filiados deixassem cargos no governo federal. A determinação foi impulsionada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que tem assumido papel central na condução do partido e defende um rompimento formal com a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A orientação atinge ministros e ocupantes de postos estratégicos em pastas como Turismo, Comunicações e Integração Nacional, e prevê sanções internas a quem insistir em permanecer no Executivo. A decisão, considerada uma das mais duras desde a fundação da sigla, reforça a estratégia de marcar distância do governo e se consolidar como força independente no cenário nacional.

Com o fim do prazo, a legenda reduz significativamente seu espaço dentro da Esplanada dos Ministérios, o que deve impactar a articulação política do Palácio do Planalto no Congresso, já que o União Brasil detém uma das maiores bancadas parlamentares. Dirigentes avaliam que a saída deve enfraquecer ainda mais a base governista em votações decisivas.
O movimento também é visto como preparação para 2026, quando o União Brasil pretende lançar uma candidatura presidencial própria, consolidando sua posição como alternativa de centro-direita. Para aliados de Caiado, a decisão sinaliza uma tendência de debandada definitiva da legenda do bloco de apoio ao presidente Lula, marcando uma nova fase de independência e protagonismo no xadrez político.