Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (15), integrantes do governo Trump justificaram a imposição de novas tarifas ao Brasil alegando crescente preocupação com o cenário político e jurídico do país.
As declarações foram feitas por Jamieson Greer, conselheiro comercial da Casa Branca, e Scott Bessent, secretário do Tesouro americano. Segundo Bessent, decisões recentes de juízes brasileiros configuram atos de censura contra empresas norte-americanas e perseguição explícita à oposição política no Brasil.
O secretário também mencionou casos de prisões ilegais de cidadãos americanos em território brasileiro, o que teria acendido o alerta em Washington.
“O respeito à liberdade de expressão e à segurança jurídica é inegociável para os Estados Unidos. Não podemos ignorar quando esses valores são violados”, declarou Bessent.

O governo Trump informou ainda que o comportamento do Judiciário brasileiro passará a ser acompanhado de perto pela diplomacia americana, integrando oficialmente a pauta de política externa dos EUA no campo dos direitos humanos e da liberdade de imprensa.
Com o aumento da tensão diplomática, o chanceler brasileiro Mauro Vieira deverá enfrentar forte resistência nas negociações com o senador Marco Rubio, responsável por representar o Congresso americano nas tratativas.
Apesar de o governo Lula tentar minimizar o impacto das medidas, diplomatas avaliam que as sanções econômicas dificilmente serão revertidas a curto prazo, diante do atual desgaste entre os dois países.