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Suprema Corte dos EUA pode acabar com distritos raciais e abalar democratas

A decisão pode eliminar o uso de critérios raciais no desenho dos distritos, reforçando o princípio de igualdade de voto e ameaçando a hegemonia democrata em diversas regiões

Suprema Corte do EUA limitou alcance de decisões judiciais contra ordens de Trump.(Imagem: Freepik)
Suprema Corte do EUA limitou alcance de decisões judiciais contra ordens de Trump.(Imagem: Freepik)

A Suprema Corte dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira (15) a fase de argumentos orais em um caso histórico que pode transformar o sistema eleitoral americano. Os juízes analisam se é constitucional desenhar distritos eleitorais com base em critérios raciais, prática que, embora criada sob o pretexto de ampliar a representatividade, vem beneficiando o Partido Democrata há décadas.

Atualmente, distritos são estruturados de forma a garantir que determinados grupos raciais tenham maior chance de eleger seus representantes. No entanto, críticos apontam que esse modelo acaba distorcendo o princípio da igualdade de voto e cria uma segmentação artificial da sociedade americana.

EUA: Suprema Corte limita decisões de juízes contra ordens de Trump
Suprema Corte do EUA limitou alcance de decisões judiciais contra ordens de Trump.(Imagem: Freepik)

Caso a Suprema Corte determine o fim dessa política, o impacto pode ser significativo: estima-se que os democratas perderiam pelo menos 19 cadeiras na Câmara dos Representantes, especialmente em regiões onde a configuração racial dos distritos garante atualmente vitórias quase automáticas.

Parlamentares e juristas alinhados ao Partido Republicano argumentam que a prática é inconstitucional, pois prioriza a cor da pele em vez do mérito e da vontade popular. Já os defensores da manutenção sustentam que os distritos raciais ajudaram a corrigir antigas desigualdades na representação política de minorias.

Independentemente do resultado, a decisão deve redefinir o equilíbrio político nos Estados Unidos e reacender o debate sobre o verdadeiro sentido da igualdade perante a lei,  princípio central da Constituição americana.

Foto: REUTERS/Brian Snyder

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Reprodução via internet

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