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Trump confirma autorização à CIA para operações secretas na Venezuela

Presidente americano diz ter liberado ações encobertas para pressionar o regime de Nicolás Maduro; possibilidade de operações em terra também foi mencionada

Anna Moneymaker / Fotógrafo de plantilla
Anna Moneymaker / Fotógrafo de plantilla

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar operações secretas dentro da Venezuela, com o objetivo declarado de enfraquecer e, em última instância, retirar do poder o presidente Nicolás Maduro.

Em entrevista na Casa Branca, Trump afirmou que a medida se deve a preocupações com o fluxo de drogas e com supostos episódios em que, segundo ele, presos venezuelanos teriam acabado entrando nos EUA. O presidente não detalhou todas as ações autorizadas e disse que avalia também a possibilidade de operações terrestres.

Fontes citadas pela imprensa apontam que o plano foi discutido com assessores da ala linha-dura do governo e incluiria coordenação com o Estado-Maior Conjunto, sob a condução de altos oficiais militares. Relatos indicam que a autorização daria à CIA margem para atuar de forma encoberta, isoladamente ou em conjunto com forças militares, dependendo da necessidade.

Anna Moneymaker / Fotógrafo de plantilla
Anna Moneymaker / Fotógrafo de plantilla

A pauta já vinha ganhando atenção após ataques navais recentes no Caribe, atribuídos pelo governo dos EUA a embarcações supostamente envolvidas com tráfico de drogas vindas da Venezuela. Autoridades americanas dizem que a ação visa reduzir o contrabando e neutralizar ameaças transnacionais. Críticos, no entanto, alertam para riscos legais, humanitários e de escalada regional.

A confirmação pública da autorização provocou reações imediatas: o governo de Maduro condenou a medida como ingerência e ameaça à soberania venezuelana, enquanto membros do Congresso dos EUA e organizações de direitos humanos pediram mais transparência e debate sobre a legalidade e os limites de operações encobertas.

Fontes jornalísticas também relataram que, entre as opções em análise, estão medidas destinadas a “asfixiar” o regime sem uma invasão em larga escala, porém sem especificar alvos concretos ou cronogramas. A administração afirma que foram esgotadas tentativas diplomáticas e que medidas mais duras eram necessárias para enfrentar o que descreve como um problema de segurança regional.

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