O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar operações secretas dentro da Venezuela, com o objetivo declarado de enfraquecer e, em última instância, retirar do poder o presidente Nicolás Maduro.
Em entrevista na Casa Branca, Trump afirmou que a medida se deve a preocupações com o fluxo de drogas e com supostos episódios em que, segundo ele, presos venezuelanos teriam acabado entrando nos EUA. O presidente não detalhou todas as ações autorizadas e disse que avalia também a possibilidade de operações terrestres.
Fontes citadas pela imprensa apontam que o plano foi discutido com assessores da ala linha-dura do governo e incluiria coordenação com o Estado-Maior Conjunto, sob a condução de altos oficiais militares. Relatos indicam que a autorização daria à CIA margem para atuar de forma encoberta, isoladamente ou em conjunto com forças militares, dependendo da necessidade.

A pauta já vinha ganhando atenção após ataques navais recentes no Caribe, atribuídos pelo governo dos EUA a embarcações supostamente envolvidas com tráfico de drogas vindas da Venezuela. Autoridades americanas dizem que a ação visa reduzir o contrabando e neutralizar ameaças transnacionais. Críticos, no entanto, alertam para riscos legais, humanitários e de escalada regional.
A confirmação pública da autorização provocou reações imediatas: o governo de Maduro condenou a medida como ingerência e ameaça à soberania venezuelana, enquanto membros do Congresso dos EUA e organizações de direitos humanos pediram mais transparência e debate sobre a legalidade e os limites de operações encobertas.
Fontes jornalísticas também relataram que, entre as opções em análise, estão medidas destinadas a “asfixiar” o regime sem uma invasão em larga escala, porém sem especificar alvos concretos ou cronogramas. A administração afirma que foram esgotadas tentativas diplomáticas e que medidas mais duras eram necessárias para enfrentar o que descreve como um problema de segurança regional.