O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu arquivar o inquérito administrativo que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro por ataques sem provas ao sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições de 2022. A investigação, aberta há quatro anos, foi encerrada por falta de novos elementos que justificassem sua continuidade.
O caso teve início após uma live transmitida do Palácio do Planalto, na qual Bolsonaro fez alegações de supostas fraudes nas urnas eletrônicas sem apresentar comprovação. Na época, o TSE considerou que o ex-presidente poderia ter cometido uma conduta criminosa, levando o então corregedor, ministro Luis Felipe Salomão, a recomendar a abertura do inquérito.
Durante as investigações, a Polícia Federal, a Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE e plataformas digitais realizaram diligências conjuntas para identificar perfis e contas que propagavam ataques ao sistema eleitoral.
A apuração também encontrou possíveis irregularidades envolvendo o uso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o financiamento de manifestações no 7 de setembro e o uso de recursos públicos em motociatas. Esses fatos foram encaminhados a outras instâncias judiciais competentes.
Com o prazo para novas ações cíveis eleitorais já expirado, a atual corregedora-geral do TSE, ministra Isabel Galloti, concluiu que não havia mais motivo para a continuidade do processo. Ela também determinou a liberação dos valores bloqueados em conta judicial, desde que não estejam vinculados a outras ações em curso.


