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Fluminenses apoiam punições mais severas ao crime organizado, diz pesquisa

Levantamento revela apoio massivo da população do Rio de Janeiro a medidas rigorosas, como aumento de penas, fim das visitas íntimas e enquadramento de facções como grupos terroristas

Rio de Janeiro
Rio de Janeiro

Uma nova pesquisa Genial/Quaest revela que a maioria da população do Rio de Janeiro apoia medidas mais rígidas no enfrentamento ao crime organizado. O levantamento mostra que 85% dos entrevistados defendem o aumento da pena de prisão para condenados por homicídios cometidos a mando de facções criminosas, enquanto apenas 10% são contra e 5% não souberam responder.

A pesquisa também aponta que 72% dos fluminenses são favoráveis a enquadrar organizações criminosas como grupos terroristas, proposta que tem ganhado força nas discussões sobre segurança pública no estado.

Entre as medidas específicas, 62% apoiam o fim das visitas íntimas em presídios para detentos ligados a facções, 33% são contrários e 5% não opinaram. Além disso, 53% defendem o fim das “saidinhas” temporárias, mesmo para presos com bom comportamento, e 55% apoiam a obrigatoriedade de troca de informações entre as forças policiais — considerada essencial para um trabalho conjunto e mais eficaz.

A PEC da Segurança, que prevê mudanças constitucionais para endurecer a legislação penal, também recebeu apoio majoritário: 52% dos entrevistados são favoráveis à proposta.

Por outro lado, a flexibilização do acesso a armas de fogo é amplamente rejeitada: 72% se opõem a facilitar a compra de armas, enquanto 24% apoiam a medida.

O levantamento ainda mostra uma divisão em relação à ideia de que cada estado tenha sua própria legislação penal, 48% são favoráveis, e 45% discordam.

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada pela Quaest nos dias 30 e 31 de outubro, com 1.500 entrevistas presenciais em 40 municípios do estado do Rio de Janeiro. O estudo tem margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Coronel Marcelo de Menezes (Foto: reprodução)

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