Presos provocaram um incêndio nos colchões do Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) em Betim, na última quarta-feira (13), como forma de protesto contra as condições precárias de alimentação no local. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) classificou o incidente como “subversão da ordem” e assegurou que os agentes penitenciários conseguiram controlar a situação, que teve início por volta das 18h30.
Em um vídeo divulgado, um detento, com o rosto encoberto, denunciou supostos “maus-tratos” sofridos pela população carcerária do Ceresp Betim. De maneira ameaçadora, ele mencionou a possibilidade de protestos incluírem incêndios em ônibus e até mesmo a morte de policiais, afirmando que estão sendo alvo de injustiças.
A Sejusp, por meio de comunicado, admitiu que “algumas refeições servidas no jantar apresentavam irregularidades, desencadeando a ação dos detentos”. No entanto, a secretaria assegurou que a situação foi resolvida em conjunto com a empresa responsável pelo fornecimento da alimentação e que as refeições foram substituídas. A pasta ressaltou que, em casos de descumprimento do contrato quanto à qualidade, a empresa é notificada e realiza a substituição imediata, sem ônus para o Estado. Além disso, são instaurados procedimentos administrativos que podem resultar em multas ou na rescisão do contrato.
A Sejusp informou que a “situação de subversão da ordem” será investigada internamente pela direção do Ceresp Betim por meio de um procedimento interno. O incêndio não resultou em vítimas com queimaduras, mas uma pessoa precisou ser encaminhada para a UPA devido à intoxicação por inalação. As equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas para lidar com a situação.