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Henrique Samuel; Câmara abre CPI para apurar acusação de assédio sexual

Câmara de Itatiaiuçu acata o pedido de CPI contra Henrique Samuel

Nesta última quarta-feira (28), a Câmara Municipal de Itatiaiuçu acatou pedido para abertura de CPI para investigar uma grave denúncia de assédio sexual envolvendo o vereador do MDB, Henrique Samuel. O caso ocorreu em novembro de 2023.

Foram contra a abertura da CPI os vereadores Moisés, Nélio, Wanderson e o próprio acusado, Henrique Samuel. Os favoráveis foram: Antônio Zito, Delci, Roberto e Vinícius Rosa. Com o empate, a presidente da casa Adriana Camargos também votou e foi favorável.

Este foi o segundo pedido feito acerca do caso, sendo que o primeiro foi recusado por unanimidade entre os parlamentares, sem nenhuma explicação, porém, segundo o “Jornal Folha do Povo”, que circula na cidade, os vereadores teriam argumentado que na época as alegações da jovem e de testemunhas pareciam “divergentes e sem convencimento”.

Vale ressaltar que, no boletim de ocorrência feito pela declarante de 28 anos, ela relatou que o vereador Henrique teria se vangloriado pelo poder político e econômico que teria na cidade. Além disso, em entrevista ao Portal Line7, a jovem contou que estaria vivendo um momento traumático e perturbador em decorrência do que teria ocorrido.

Novos casos surgiram; coincidência ou não, assim que o poder legislativo se recusou adentrar no caso, outros episódios de assédios contra mulheres aumentaram na cidade, principalmente no povoado de Santa Teresinha. Prontamente, o poder executivo criou ações para amparar, conscientizar e coibir situações neste sentido. O projeto acontece através da Secretaria de Assistência Social e da Secretaria de Saúde em parceria com a Guarda Municipal.

O segundo pedido: após a Polícia Civil ouvir a jovem, abrir investigação e dar sequência no caso, um novo pedido de CPI e afastamento vem de forma natural, demonstrando inclusive o compromisso pactuado do legislativo com a população e com seus deveres e atribuições constitucionais.

“Por qual motivo o vereador poderia estar imune à investigação e apuração de seus colegas? A Polícia Civil ouviu a jovem e prontamente abriu investigação. É natural que a Câmara abra um inquérito e cumpra seu papel. Todos nós estamos sujeitos à lei e a ser investigados, principalmente agentes públicos! Aquele velho ditado: quem não deve não teme. Se sou eu no lugar do parlamentar, votaria também para haver a investigação”, disse Rafael Matias, colunista e comentarista político.

Se comprovadas as acusações, além de ter seus direitos políticos cassados, o parlamentar está sujeito à pena de 1 a 2 anos de prisão.

Tentamos contato com Henrique Samuel para dar seus esclarecimentos, porém, mais uma vez, não quis se pronunciar.

Nossa equipe vai continuar acompanhando o caso.

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