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Pastora Ana Paula Valadão é condenada pela Justiça por dizer que gays são culpados pela Aids

A pastora Ana Paula Valadão foi condenada pela Justiça de Brasília a indenizar em R$ 25 mil por danos morais e coletivos, após ter ligado ao surgimento da Aids à orientação sexual. O caso ocorreu durante um culto em 2016, transmitido pela rede Super TV, ligada à igreja Batista da Lagoinha de BH.

“Isso (a homossexualidade) não é comum. Deus criou o homem e a mulher e é dessa maneira que nós acreditamos. Aí está a aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres, enfim… Não é o ideal de Deus”, afirmou Ana Paula Valadão. “Você sabe qual é o sexo seguro? Que não transmite doença alguma? O sexo seguro se chama: aliança do casamento,” acrescentou ela.

Quando a declaração se espalhou pelas redes sociais, em 2020, a Aliança Nacional LGBTI+ optou por entrar com uma ação judicial contra a pastora da Igreja Batista da Lagoinha. Desde então, ela passou a ser investigada pelo Ministério Público Federal (MPF).

No processo, Ana Paula Valadão argumentou que estava exercendo o direito legítimo à liberdade de expressão e religiosa. No entanto, para o juiz, a pastora fez afirmações que não têm embasamento nem na Bíblia e muito menos na ciência. O magistrado ainda salientou que atribuir a causa de uma doença à orientação sexual das pessoas ultrapassa qualquer liberdade de expressão, além de ser preconceituoso.

“Expressou uma opinião prejudicial, ultrapassando os limites da liberdade de expressão e religiosa, exatamente na parte em que apontou a opção afetivo-sexual como origem da Aids,” declarou o juiz.

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